Seguro de perdas de exploração: está a sua empresa verdadeiramente protegida?

O apagão de 28 de abril de 2025, que afetou Portugal continental, Espanha e França, teve repercussões significativas para milhares de empresas, independentemente da sua dimensão ou setor de atividade. A interrupção abrupta do fornecimento elétrico não apenas paralisou temporariamente a economia, como expôs as lacunas de proteção existentes nas apólices de seguro empresariais, especialmente no que respeita à cobertura de perdas de exploração.

Neste artigo, será feita uma análise detalhada desta modalidade de seguro, os seus pressupostos contratuais, os principais riscos cobertos e não cobertos, bem como as propostas da Protev Seguros para apoiar empresas na mitigação de danos e na continuidade da atividade após um evento disruptivo.

O que é o seguro de perdas de exploração?

O seguro de perdas de exploração visa garantir a continuidade financeira das empresas que veem a sua atividade interrompida ou reduzida em resultado de um sinistro coberto. Na prática, este seguro assegura a indemnização correspondente ao lucro bruto e aos encargos permanentes ou custos adicionais necessários à continuidade parcial da atividade durante o período de indemnização.

Para ser ativado, o seguro exige que o sinistro esteja coberto por uma apólice de danos materiais, como uma apólice de multirriscos ou de incêndio e elementos da natureza. Os principais eventos base para acionar este seguro são:

• Incêndio;
• Raio;
• Explosão;
• Avaria de máquinas (em alguns casos);
• Outros riscos declarados nas condições particulares.

Principais definições a considerar

De acordo com as condições gerais analisadas das companhias Tranquilidade, Fidelidade e Ageas, destacam-se as seguintes definições:

• Lucro bruto seguro: soma dos encargos permanentes e lucro líquido da empresa;
• Encargos permanentes: despesas fixas que continuam a ser suportadas mesmo com a atividade parada;
• Período de indemnização: tempo acordado, após o sinistro, durante o qual a empresa será indemnizada pelas perdas;
• Encargos suplementares: custos extraordinários suportados para evitar ou minimizar a quebra do volume de negócios.

Estas definições têm impacto direto na forma como é calculada a indemnização e na eficácia da cobertura contratada.

Quando é que a cobertura se aplica?

Para que o seguro de perdas de exploração entre em funcionamento, é necessário que:

1. Exista uma apólice base em vigor (Multirriscos ou Incêndio e Elementos da Natureza);
2. O sinistro tenha origem num dos riscos cobertos por essa apólice;
3. A empresa tenha sofrido uma perda comprovada de lucro bruto ou tenha incorrido em encargos suplementares para mitigar os danos;
4. O sinistro tenha provocado uma interrupção ou redução significativa da atividade no local designado.

O restabelecimento da atividade pode demorar semanas ou meses, e é esse período que a apólice de perdas de exploração visa proteger.

Exclusões comuns nos contratos de perdas de exploração

As exclusões variam entre companhias, mas há elementos recorrentes:

• Danos materiais não cobertos pela apólice base;
• Atos de guerra, terrorismo, sabotagem ou vandalismo;
• Danos provocados por deficiências de fornecimento de energia (exceto se acordado em condições particulares);
• Falta de capacidade financeira para retomar a atividade;
• Perdas causadas por greves, embargos ou atos voluntários do segurado;
• Ciberataques (exceto se houver cobertura cibernética contratada);
• Interrupções por motivos administrativos, legais ou por ordem de autoridades.

Estes pontos revelam a importância de ler atentamente as condições particulares e de negociar com o apoio de um mediador experiente como a Protev Seguros.

Perdas de exploração e apagões: há cobertura?

Em teoria, um apagão que não provoque dano direto aos bens seguros não será coberto por este seguro. Contudo, se o apagão tiver originado uma avaria ou sinistro (como uma avaria de máquinas ou um pico de corrente que cause danos materiais), e isso estiver coberto na apólice base, então a cobertura de perdas de exploração pode ser ativada.

O CEO da Protev Seguros destaca que o apagão de 2025 pode abrir caminho à revisão dos clausulados, tal como aconteceu após a pandemia. Se uma seguradora admitir a inclusão deste risco, poderemos assistir a um efeito dominó que alargue o espectro de riscos cobertos pelo mercado segurador.

Está a sua empresa vulnerável? Como a Protev Seguros pode ajudar

A Protev Seguros oferece uma análise detalhada às apólices existentes e recomenda coberturas ajustadas à realidade de cada empresa. Especificamente para as perdas de exploração, a Protev Seguros pode:

• Analisar o volume de negócios e os encargos fixos;
• Propor o capital seguro mais adequado;
• Avaliar a existência de riscos colaterais como avaria de máquinas ou falha energética;
• Recomendar a duração do período de indemnização;
• Explicar as exclusões e opções de cobertura facultativa.

Ajudar as empresas a preparar-se para o inesperado é uma missão central da Protev, e o seguro de perdas de exploração é uma peça-chave dessa proteção.

Exemplos práticos de ativação do seguro

Caso 1: Uma padaria industrial sofre um incêndio que destrói parte do seu equipamento. A produção é interrompida durante três meses. O seguro de perdas de exploração cobre o lucro perdido nesse período e os custos com a subcontratação de serviços externos.

Caso 2: Uma loja de vestuário sofre uma avaria geral no sistema elétrico após um pico de corrente. O sistema de faturação fica inoperacional durante duas semanas. Se houver cobertura de avaria de máquinas, e esta estiver prevista na apólice, pode ser acionada a cobertura de perdas de exploração.

Caso 3: Uma empresa de congelados perde milhares de euros em mercadoria por falha do sistema de frio. Apesar de não haver dano direto visível, a deterioração de bens refrigerados está coberta como garantia complementar, permitindo acionar também a cobertura de perdas de exploração associada.

Em resumo

O seguro de perdas de exploração é, hoje mais do que nunca, um instrumento vital para garantir a sobrevivência das empresas face a eventos inesperados. O apagão de abril 2025 expôs fragilidades do modelo de proteção vigente, tornando evidente a necessidade de revisão e reforço dos clausulados.

A Protev Seguros posiciona-se como mediadora de referência para ajudar as empresas a compreender, contratar e acionar este tipo de cobertura, garantindo que nenhuma interrupção compromete a sustentabilidade do seu negócio.

Faqs sobre o seguro de perdas de exploração

1. Qual a principal função deste seguro?
Garantir a estabilidade financeira da empresa após um sinistro que cause paragem na atividade.

2. Quais os riscos mais comuns cobertos?
Incêndio, raio, explosão, avaria de máquinas e outros declarados nas condições particulares.

3. Apagões são cobertos por defeito?
Não. Apenas se provocarem um sinistro coberto pela apólice base.

4. A que empresas se destina este seguro?
A todas que dependam da continuidade da sua atividade para manter receitas e estrutura operacional.

5. Pode ser contratado autonomamente?
Sim, embora normalmente esteja associado a um seguro de danos materiais como o multirriscos.

6. Qual a duração da cobertura?
Corresponde ao tempo necessário para retomar a atividade, conforme estipulado nas condições particulares.

7. Posso incluir perdas cibernéticas?
Apenas se contratada cobertura específica para riscos cibernéticos.

8. Como se calcula o capital a segurar?
Com base no volume de negócios e nos encargos fixos e variáveis da empresa.

9. A Protev Seguros ajuda na avaliação do risco?
Sim. A Protev realiza análise detalhada e aconselha soluções adaptadas a cada caso.

10. Há franquia?
Sim, varia de acordo com o contrato. A Protev esclarece esses detalhes na simulação do seguro.